quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Uma outra maneira de ver os chakras Parte II

Svadistana, Manipura e o prazer.
O segundo chakra é chamado de 'o fundamento de si próprio'. Este chakra está relacionado à sexualidade, o pai de todos os nossos desejos. Depois de termos resolvido a nossa busca por segurança, dizem os Vedas, é natural que busquemos prazer. Prazer por meio da sexualidade e da sensualidade. O 'fundamento de si próprio', nome dado a este chakra, indica-nos a consciência que o indivíduo tem de si mesmo, de sua individualidade. Antes do ego ser questionado, é necessário ser sedimentado. O indivíduo ainda encontra-se centrado no eu. Eu enquanto individualidade e personalidade. Mas enquanto grudado ao ego, o indivíduo buscará apenas a saciedade de seus desejos pessoais.

Na busca por saciar seus desejos, o indivíduo sai para o mundo. O desejo é o motor da ação e para a transformação do mundo à sua maneira. Tudo e todos são vistos como um meio para que o indivíduo obtenha segurança e prazer. Nasce dentro de si o desejo de controlar o mundo, pois as ações do indivíduo estão centradas no seu próprio umbigo ? local onde está localizado o manipura chakra. Por muito tempo a pessoa pode ficar presa no seu impulso de controle do mundo para obter a sua segurança e o seu prazer. Quando algo sai diferente do que planejado, a pessoa enraivece-se, pois não consegue se conformar com a idéia de não ter controle sobre o mundo externo. Para conseguir os seus dois objetivos, a pessoa muitas vezes esquece os valores e a ética, porque o que está em primeiro lugar é si mesmo, em lugar dos outros. Muitos podem permanecer nessa incessante busca por toda a vida. Então pode-se dizer que a pessoa ficou presa no manipura chakra, ou apenas que ela estacionou no seu desejo por segurança e prazer.

Se observarmos as latências mentais referentes a estes chakras em desequilíbrio: agressividade, violência, excessos, vergonha, autodestruição, obsessão sexual, domínio, solidão, egoísmo, vontade domínio sobre os demais, distorção da sexualidade, ambição, arrogância, raiva vemos que essas emoções são obstáculos para a libertação. E ao mesmo tempo valor, coragem, reações positivas ante os obstáculos, criatividade, vitalidade, domínio sobre as paixões, bem-estar, poder, consciência do eu, impulso pelo autoconhecimento, confiança, discernimento, são valores e qualidades muito parecidas com as citadas por Krishna na Gita e por Patanjali no Yoga Sutra como imprescindíveis para o autoconhecimento. (continua...)
Ricardo de Freitas e Tales Nunes
www.yoga.pro.br
27/05/2009

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