segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

À todos amigos e alunos do Shanti Shala desejamos que este Natal e Ano Novo sejam mais do que confraternizações porque todos os momentos, em especial este novo ano, deverão ser iluminados, abençoados e que os 365 dias, sejam vividos na sua totalidade. Já que Natal significa: NASCER, nasçamos então dia 25, para a busca da paz, compreensão, reflexão, prosperidade. Esperamos todo de volta dia 07/01
Feliz Natal e Ano Novo!

Foto: À todos amigos e alunos do Shanti Shala desejamos que este Natal e Ano Novo sejam mais do que confraternizações porque todos os momentos, em especial este novo ano, deverão ser iluminados, abençoados e que os 365 dias, sejam vividos na sua totalidade. Já que Natal significa: NASCER, nasçamos então dia 25, para a busca da paz, , compreensão, reflexão, prosperidade. 
Feliz Natal e Ano Novo!

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Aula Aberta de Vinyasa Flow Yoga com Renata Cardoso

Em comemoração aos 3 anos
da Shanti Shala Yoga
BASEADO NO ASHTANGA Vinyasa Yoga, o Vinyasa Flow é um método criado nos anos 70 nos Estados Unidos e, como no Ashtanga, é uma série fluida de posturas que exige perfeita integração entre respiração e movimento. É um estilo dinâmico e desafiante, que exige total dedicação e concentração do praticante.

Dia 01 de Setembro das 10:00 às 11:30
GRATUITA!!!!

 Local: Shanti Shala - Núcleo de Estudos do Yoga
Rua Alexandre Martins, 143 sala 226 - Aparecida - Santos/SP
tel. (13) 3011-9115 ou 3021-4070
www.shantishalayoga.com.br

Vinyasa Flow Yoga

Vinyasa Flow

Por: Patrícia Ribeiro

Escolha essa prática se você busca fluidez, desafios, criatividade e movimento


BASEADO NO ASHTANGA Vinyasa Yoga, o Vinyasa Flow é um método criado nos anos 70 nos Estados Unidos e, como no Ashtanga, é uma série fluida de posturas que exige perfeita integração entre respiração e movimento. É um estilo dinâmico e desafiante, que exige total dedicação e concentração do praticante. Também como no Ashtanga, a respiração usada é o ujjayi, uma técnica em que o praticante contrai a glote, e com isto, a respiração torna-se mais profunda, cria um calor interno e aumenta a concentração (saiba mais detalhes nas páginas a seguir).

Vinyasa é uma palavra em sânscrito – nyasa significa colocar e vi de uma forma especial, ou seja, colocar de uma forma especial. É interpretada como “combinação de respiração com movimento”. Já a palavra flow da língua inglesa significa fluir, referindo-se à fluidez dessa prática na qual se passa de um asana a outro de forma fluida como em uma dança. Uma das grandes diferenças entre Vinyasa Flow e seu originário é que no Ashtanga há seis séries fixas de asanas, que à medida que o aluno evolui, tornam-se mais difíceis e no Vinyasa Flow não há uma seqüência fixa de posturas. Mas não é só isso: “Nessa prática, o vinyasa é incorporado no sentido de usar seqüências de posturas para um momento específico, é um caminho evolucionário que coloca a criatividade desabrochando a vida do que está acontecendo agora, dentro do que você expressa na sua prática”, explica Lygia Lima, que dá aulas no Santo Corpo (SP).

A PRÁTICA
As aulas são criativas e livres e, muitas vezes, a música dita o ritmo, mas isso não é o mais importante. O fundamental é prestar atenção à respiração e aos movimentos do corpo, que devem ser sincronizados, como se fosse uma dança, ou seja, o flow. A duração varia de uma hora a uma hora e meia e, no final, todos deitam-se em savasana, ao som de uma música suave. Cada professor pode usar a imaginação para desenvolver uma aula mais criativa. “Posso começar a prática com pranayamas variados, posso acrescentar mantras e meditações, não existe uma regra rígida”, conta Lygia. Por ser uma prática de seqüências livres, as aulas de Vinyasa Flow podem variar de práticas mais vigorosas com posturas mais intensas a práticas mais leves com seqüências mais restaurativas, dependendo do nível dos alunos e do enfoque de cada professor.

“Isso também atende as características do vinyasa krama, que devemos adequar a prática ao momento da vida, a energia do dia em que estamos ao momento e ao que estamos buscando por meio da prática”, afirma a professora Jamile Ansolin, do Moksha Estúdio, de Porto Alegre (RS), praticante de Yoga há 12 anos. Segundo ela, uma prática de Vinyasa Flow inicia-se sentado, fazendo um breve aquietamento e invocando algum mantra. Em seguida, pode-se fazer algumas posturas suaves de alongamento, tais como balasana, uttanasana e algum aquecimento prévio de ombros ou quadris. Passando então para o início da prática propriamente dita, na qual a estrutura pode ser semelhante a primeira série do Ashtanga iniciando-se com alguns Suryas A e B, variações tais como saudação ao guerreiro (virabhadra namaskar) ou saudação à lua (chandra namaskar).

Em seguida executam-se as posturas em pé, sempre permeadas por vinyasas. “Essa é a aula clássica, entretanto, uma das características que o Vinyasa tomou emprestado do Iyengar Yoga são as seqüências preparatórias para posturas mais difíceis”, completa. Na prática, é necessário cultivar uma respiração consciente para executar os asanas e também a consciência de seguir de uma ação para outra. “Em Vinyasa chamamos isso de pratikryasana (compensação): a arte de complementar a ação para criar a integração; como completamos uma ação e fazemos uma transição para a próxima ação é muito importante para determinar se recebemos o benefício pleno.

Não é qualquer seqüência de asanas, mas sim aquela que ilumina a consciência”, diz Lygia. Para Lygia, quem nunca praticou nenhum estilo de Yoga e gosta de um estilo mais dinâmico, que desafia o corpo e a mente, pode se identificar com esse método. “O Ashtanga requer dedicação total e uma prática contínua para ter um bom desenvolvimento, no Vinyasa Flow há vários estágios para fazer as posturas”. Na parte física, esse sistema melhora a consciência corporal, o sistema respiratório, coordenação motora, aumenta a força e a resistência, dá flexibilidade e alinhamento postural, além de melhorar a concentração, o sono e regularizar o intestino e a circulação sangüínea. “O maior benefício é que refina nosso sistema nervoso para ser menos reativo, já que se relaciona com o primeiro Yoga Sutra de Patañjali: yoga citta vritti nirodah: Yoga é a cessação das flutuações da mente”, afirma Lygia.

Origens e hoje
A origem do Vinyasa Flow está nos ensinamentos de Krishnamacharya, que, segundo ele, os princípios fundamental do Hatha Yoga estão na prática de vinyasa krama, em que os asanas são unidos de forma seqüencial intercalados por seqüências repetitivas na passagem de uma postura a outra. “Todo o trabalho de Krishnamacharya ao longo dos anos esteve sempre permeado por estes princípios”, explica Jamile. Nos Estados Unidos, Shiva Rea é a professora mais conhecida de Vinyasa Flow. Outros nomes importantes são Ganga White, Seane Corn, Cindi Lee e David Lurey.

Os princípios do Vinyasa Flow são:
* Respiração e movimentos sincronizados
* Iniciar a prática exatamente na condição que o praticante está, acomodando todas suas necessidades, possibilidades e limites
* Começar da postura mais simples à mais complexa
* Cultivar duas qualidades na execução dos asanas:
* Sthira: firmeza e consciência
* Sukha: paz interna e facilidade
* Integração dos opostos: Há/ tha, yin/yang, solar/lunar
* Usar compensação de posturas para equilibrar os efeitos dos asanas, por exemplo
* Backbends / retroflexões abrem o sistema nervoso e foward bends / flexões do tronco para a frente que relaxam o sistema nervoso.
* Usar modificações das posturas para os diferentes níveis de limite físico e para prevenir de distensões
* Cultivar um progresso e evolução na prática
* Observação do momento presente

Técnicas do Vinyasa Flow:
* ujjayi pranayama (respiração vitoriosa, nasal e completa);
* asanas (posturas dinâmicas)
* dristhi (fixações oculares para aprofundar a concentração e equilíbrio interno e externo)

Matéria exclusiva da revsita PYJ # 6

domingo, 26 de agosto de 2012

A GLÂNDULA TIMO

No centro do peito, atrás do osso onde as pessoas tocam quando ele diz 'EU', existe uma pequena glândula chamada timo. Seu nome em grego, "thymos " significa energia vital. Será preciso dizer mais?
 Sim, é preciso dizer algo mais ... Porque o timo continua sendo um grande desconhecido. Ela cresce quando estamos alegres e se encolhe pela metade quando estamos estressados e mais ainda quando adoecemos.
Este recurso confundiu durante muito tempo a medicina que o conhecia encolhido apenas através de autópsias quando sempre estava encolhido.
Supunha-se que fosse atrofiado e que deixava de trabalhar na adolescência, tanto que durante décadas médicos americanos bombardearam o timo que estavam perfeitamente saudáveis com altas doses de raios X, acreditando que seu "tamanho anormal" poderiam causar problemas.
Mais tarde a ciência comprovou que mesmo estando encolhido após a infância, o timo ainda continuava ativ e, é um dos pilares do nosso sistema imunológico, juntamente com as glândulas supra-renais e a medula espinhal e está diretamente ligado aos sentidos da consciência e da fala.
Como uma central telefônica por onde passam todas as chamadas fazendo as conexões para fora e para dentro.
Se somos invadidos por micróbios ou toxinas reage imediatamente produzindo células de defesa.
Mas também é muito sensível a imagens, cores, luzes, cheiros, sabores, gestos, toques, sons, palavras  e pensamentos.
Amor e ódio o afetam profundamente.
Os pensamentos negativos têm mais poder sobre ele que os vírus e bactérias.
Como essa atitude negativa não existe de forma concreta, o timo tenta reagir e enfraquece com a luta contra o invasor desconhecido e abre espaços para sintomas de baixa imunidade, como herpes.
Em compensação os pensamentos positivos conseguem ativar todos os seus poderes, lembrando que a fé remove montanhas.
Um teste de pensamento.
Este simples teste pode demonstrar essa conexão.
Una o seu polegar e o dedo indicador na posição de 'ok', pressione com firmeza e peça a alguém para tentar abri-los enquanto você pensa * estou feliz. *
Em seguida, repita com o * pensamento * Eu sou infeliz.
A maioria das pessoas manteve a força do dedo com o pensamento feliz e enfraquece quando você pensa que é infeliz. (Substitui os pensamentos de um delicioso chocolate, recheado com creme de coco, para ver o que acontece ...) O mesmo teste é usado para diagnosticar situações muito mais complexas.
Por exemplo, o médico precisa de um diagnóstico diferencial o paciente tem um abcesso no fígado e os sintomas tanto pode significar um câncer como amebas.
Usando lâminas de amostras ou slides com representações gráficas das ambas hipóteses testa a força muscular do paciente que esta em contato com eles e chega ao resultado desejado.
As reações são consideradas respostas do timo e esse método que tem sido demonstrado em congressos científicos ao redor do mundo e é ensinada na Universidade de São Paulo (Brasil) e com médicos acupunturistas.
O curioso é que o timo é bem próximo ao coração, que acaba ganhando todo o crédito por sentimentos, emoções, decisões, fala, audição, estado de espírito, etc ... "
"Estou com o coração pesado", por exemplo, revela uma verdadeira situação que só por reflexo envolve o coração ao problema.
O próprio Chakra cardíaco fonte da energia de unidade e de compaixão, tem mais a ver com o timo que com o chakra do coração e é neste chakra que, segundo os ensinamentos budistas, há a passagem do estado animal para o estado humano.
Que interessante!, Você pode está pensando, mas e daí?
Acontece que, se você quiser, você pode exercitar o timo para aumentar sua produção de riqueza e felicidade.
Na parte da manhã ao levantar ou à noite antes de dormir:
a) - Em pé, joelhos levemente dobrados (a distância entre os pés deve ser o mesmo ombro). Coloque o seu peso em toda sola do seu pé mas sobre os dedos e não sobre o calcanhar e mantenha todos os músculos muito relaxados.
b) - Feche qualquer uma das mãos e começar a tocar continuamente com os nós dos dedos no centro do peito, marcando o ritmo, assim uma forte e duas fracas. Siga fazendo isso de 3 a 5 minutos, respirando calmamente, enquanto observa a vibração em toda a região torácica.
O exercício estará atraindo o sangue e a energia para o timo, fazendo-a crescer em vitalidade e também beneficiando o pulmão, coração, brônquios e garganta.
Ou seja, enchendo o peito de algo que era seu e só estava esperando um olhar de reconhecimento para se tornar corajoso, calmo, nutrido emocionalmente como um abraço.
Excelente, intimista, cheio de ânimo ... Luis Hdez.

via Ayurveda Tibetano
via Deva Shabdam Janete YOGA MAHA MANU
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domingo, 8 de julho de 2012

Ser aluno de Yoga por Karla Rizzon


Fui à minha primeira aula de Yoga porque já tinha lido que Yoga não era só uma prática física, os ásanas, mas também uma filosofia de vida, uma busca espiritual. É claro que, como a maioria dos novatos, a minha preocupação nas primeiras aulas foi tentar seguir as instruções do professor, completamente focada no externo, o que me fez esquecer do motivo que me levou à prática.

 Além do mais, a minha concentração nas instruções (o que não é o meu forte) teve que ser ainda maior, porque a aula estava sendo ministrada em inglês. Como tenho uma flexibilidade razoável, depois de algumas aulas já estava fazendo algumas poses com tranqüilidade, mas é claro que sem nenhuma preocupação com a respiração ou com a consciência de que essa prática poderia ser um caminho para a minha busca interior. Não vou culpar o professor, porque, provavelmente, ele deve ter pedido muitas vezes para que respirássemos, deve ter feito comentários sobre estar presente, mas eu, completamente absorvida na tentativa de segurar a minha mão no maricyasana b (postura de torção) como a colega do tapetinho ao lado estava fazendo, não ouvia nada.

 Rapidamente, eu tratei de achar um professor que correspondesse às minhas expectativas, ou seja, que alimentasse o meu ego dizendo que eu conseguiria pôr o meu pé atrás da cabeça, embora eu segurasse a minha respiração como se estivesse treinando mergulho. Mais tarde, vim a saber que o instrutor só tinha dois anos de prática. Como ele também conseguiu pôr o pé atrás da cabeça rapidamente, acreditou que estava pronto para ensinar. As aulas dele, apesar das velas, das músicas, do suor, eram muito mais aulas de ginástica do que de Yoga. Mas o meu ponto aqui não é criticar o meu ex-instrutor. Acho que ele estava na própria busca pessoal no mundo do Yoga.

 Porém, considero que o meu real encontro com o Yoga, depois de passar por diferentes tipos de aulas, foi quando encontrei um professor de Astanga (não vem ao caso o estilo) que me fez parar em samasthitih (postura da montanha, em pé) e respirar. No início, o meu corpo pedia pelo movimento, pelo esforço, mas aos poucos se aquietou, percebendo que saudação ao sol (surya namaskara) era um verdadeiro ritual de integração do ser com o universo e que tinha que ser feito a partir de dentro, do coração. Daquele momento em diante os meus colegas de classe, que antes eram tão visíveis, tão presentes, desapareceram, e o que me importava era a minha própria prática, a minha experiência com o Yoga. Cada ásana passou a representar um encontro com o meu corpo e a minha alma. E por incrível que pareça, posturas que eu conseguia fazer, logo que comecei a praticar, há quase dois anos, eu não faço hoje. Não faço porque não estou pronta, porque não pratico diariamente, porque ouço o meu corpo e ele não está preparado. E o meu professor sabe disso. Estou tentando praticar aparigraha em relação a minha prática, ou seja, não ficar apegada ao progresso, mas deixá-lo vir espontaneamente. Nem sempre isso é fácil.

Hoje, escuto o que o professor fala, as reflexões que faz enquanto ensina. Sigo as instruções para tentar estar presente, ficar como testemunha, respirar cada ásana. Entendi quando ele disse que eu preciso praticar os nyamas (código de ética), que as posturas são apenas uma parte do Yoga, um instrumento. Passei a buscar bibliografias, sites na internet.

 Mas com essa consciência comecei, também, a observar melhor os meus professores, passei a procurar um mestre. Ás vezes, vou a aulas diferentes. Percebi a seriedade de ser um professor e vi que criei expectativas e que as opiniões deles passaram a ser muito importantes. Algumas aulas que eu experimentei e não voltei foram porque o professor ou professora não falaram para o meu coração. Percebi que, hoje, já não me interessa se o professor consegue fazer todos os movimentos avançados. É claro que é lindo ver um ásana bem feito. Mas, o importante para mim, como aluna, é que eles demonstrem viver o caminho do Yoga nas próprias vidas. Como citou a professora Camila Reitz: “para ser um guia espiritual que mostra o caminho para o auto-conhecimento, é necessário ter andado por este caminho”. Porém, humildemente, ela diz que seria melhor ser chamada de instrutora, “porque conhece e necessita de companhia para caminhá-lo”. Mas ela tem 15 anos de prática!

Bem, talvez, como aluna, eu precisei diminuir as minhas expectativas e os meus julgamentos. Como diz o ditado: “o mestre aparece quando o aluno está pronto”.

 Karlla Rizzon mora nos EUA, é jornalista e estudante de Yoga.

karalarizzon@ yahoo.com.br

domingo, 1 de julho de 2012

PROMOÇÃO DE INVERNO - Shanti Shala Yoga

 Nos meses de julho, agosto e setembro traga um amigo para praticar yoga com você e ganhe uma mensalidade GRÁTIS.
(válido somente para duas vezes por semana)





O Homem Global

"O homem global é formado por corpo, mente, espírito e emoção. Parece até coisa sabida, praticada, mas não é! Vive-se parcialmente. Alguns esquecem do corpo e vivem no templo da mente e por ela buscam aproximar-se do espírito. Mas o corpo esquecido cobra-lhes sustentação e bem estar, a disposição, o ar fresco pleno nos pulmões.
Falta-lhes o sangue forte e vivo correndo nas veias. Então, suas mentes agonizam e seus espíritos se apagam como a luz noturna do farol da vida".

Nuno Cobra Ribeiro - A semente da vitória

domingo, 13 de maio de 2012

Gheranda Samhita III

Gheranda Samhita

Por: Alicia Souto

A Coletânea de Gheranda foi escrita por um autor desconhecido por volta do final do século XVII e apresenta exercícios para levar o praticante ao estado meditativo.

Tradução: Marcos Rojo

Ilustrações: Gustavo Peres

Meu interesse pelos textos do Hatha Yoga surgiu quando comecei a estudá-los sistematicamente sob a orientação do dr. Manohar Laxman Gharote, na Índia. Fiz a tradução e os comentários depois de vários anos de ensinamento na cátedra de Teoria e Prática de Técnicas do Yoga III na Escuela de Estudios Orientales de la Universidad Del Salvador da Argentina e nas Faculdades Metropolitanas Unidas de São Paulo (FMU), Brasil. Espero que seja de utilidade para meus alunos e para toda pessoa estudiosa dessa disciplina. Este pequeno resumo do Gheranda Samhita é só para aguçar a curiosidade do leitor.

Entrando na caverna habitada pelo mestre Gheranda, o discípulo Candakapali o saúda e logo diz: “Oh, senhor, tu que és o maior dos yoguis, me ensine mais sobre o Yoga que nos leva ao conhecimento da Realidade”. Gheranda lhe responde: “Muito bem, alma corajosa. Já que me perguntaste, escuta atentamente o que vou te dizer. Não há prisão maior do que maya (ilusão); não há inimigo pior do que o egoísmo e não há poder maior do que a disciplina do Yoga. Assim como devemos primeiro aprender o alfabeto para podermos ler os textos sagrados, também devemos dominar gradativamente as técnicas do Yoga para obter o conhecimento da Realidade. O nosso corpo é como uma vasilha de barro crua, que ao ser colocada na água se desintegra. Por isso, devemos nos submeter ao fogo do Yoga para nos fortalecer e nos purificar”.

O Yoga apresentado no Gheranda Samhita é um sistema completo. Não é simplesmente físico. Aquele cuja mente vai se clareando progressivamente começa a ver a unidade e a inter-relação das práticas. Em comparação ao Hatha Pradipikâ, o Gheranda Samhita é um texto mais sistemático, com uma apresentação muito clara. Fornece mais de cem práticas e é muito útil para estudantes e praticantes. São encontradas certas influências vedânticas em alguns versos. Enfatizam-se os aspectos psicológico e espiritual das práticas.

O caminho do conhecimento, segundo o Gheranda Samhita
A unidade psicofísica (corpo sutil que transmigra) é responsável pelas ações que determinam o futuro renascimento, mas essa cadeia pode ser interrompida ou modificada pela prática do Yoga. Isso indica a liberdade do homem de poder modificar-se por suas ações.

As sete disciplinas ou ações para o treinamento através do corpo, segundo o mestre Gheranda, são:
1. purificação (sodhana),
2. fortalecimento (drdhatâ),
3. firmeza (sthairyam),
4. calma (dhairyam),
5. leveza (lâghavam),
6. realização ou percepção direta (pratyaksam) e
7. isolamento (nirliptam).

As relação dessas ações com seu efeito são:
1. os kriyas (satkarmas) purificam o corpo,
2. os asanas o fortificam,
3. os mudras lhe dão firmeza,
4. pratyâhâra produz calma,
5. os pranayamas levam à leveza,
6. dhyana leva à realização do ser e
7. samadhi leva ao isolamento, que é a verdadeira libertação (mukti).
Sendo o objetivo do Yoga chegar ao estado de libertação pela purificação da mente, o Yoga parte do corpo sem descuidar do comportamento, da saúde e das emoções do praticante.

No primeiro capítulo, o Gheranda Samhita descreve 21 kriyas (processos de purificação) bastante elaborados.
O objetivo é sempre espiritual, por exemplo:
- Karma dhauti (a limpeza do conduto auditivo) outorga a possibilidade de escutar sons místicos despertados internamente.
- Bhâlarandhra (a limpeza do palato com o dedo polegar) possibilita a clarividência.

Podem-se limpar os distintos órgãos internos e partes do corpo com ar, fricção ou por meio de movimentos manipulatórios. Esses processos, segundo a região purificada, podem ser classificados em:
· nasofaríngeo-audiocranianos;
· região gastroesofágica e
· região ano-retointestinal.
Exercitando e aplicando estímulo de pressão aos músculos e nervos ao redor de uma área, conseguem-se os necessários tônus e vigor. Assim podem-se curar distúrbios e enfermidades, aumentando o fogo gástrico, retardando o envelhecimento e conferindo ao praticante mais saúde e beleza. A aplicação clínica dos kriyas é muito confortadora. No entanto, seus valores terapêuticos ainda não foram suficientemente investigados.

No segundo capítulo, Gheranda diz a seu discípulo: “Existem 84 milhões de asanas descritos por Shiva ou tantos asanas como espécies de animais sobre a terra. Destes, apenas 84 são considerados importantes e, dentre eles, 32 se destacam como muito bons neste mundo de seres mortais”. Em seguida, o texto descreve os 32 asanas, começando por siddhasana (uma postura de meditação), afirmando que por sua prática se abrem as portas da liberação.

O terceiro capítulo se destina aos mudras. São descritos 25 mudras.
O termo mudra provém da literatura tântrica e tem diferentes significados:
a) postura do corpo,
b) posição particular de mãos e dedos,
c) grãos tostados,
d) mulher associada com as práticas tântricas.
e) também significa “selo”.

O termo mudra é formado por “mud” e “ra”. “Mud” é desfrutar ou ser feliz e “ra” é dar, segundo o Sarada Tilada, texto tântrico. Os comentaristas desse texto interpretam que mudra dá uma sensação de bem-estar. Houve grande influência dos mudras em rituais, teatro e dança indianos. Mas aqui nos referimos ao seu sentido no Hatha Yoga.
Os mudras utilizados na prática do pranayama são os denominados genericamente bandhas e canalizam o prana numa direção determinada.

Do ponto de vista fisiológico, os mudras tratam de controlar conscientemente certos músculos semivoluntários, como os esfíncteres anais, o diafragma, músculos da garganta, olhos etc. Nesses músculos há integração do sistema nervoso central e do sistema nervoso autônomo, que funcionam como uma unidade.
Outro aspecto importante é a manipulação de pressões internas, tanto positivas como negativas, que tonificam os órgãos, ajudando a descongestioná-los. A prática de mudras durante um longo tempo equilibra e dá maior controle sobre as atividades autônomas. Os mudras ocupam um lugar de destaque neste texto dentro de um forte contexto espiritual, indicando que somente poderão ser aprendidos sob a orientação de um guru. Combinam todos os elementos das práticas yóguicas desde asana, passando pelo controle respiratório, a concentração e a meditação, até chegar ao samadhi.

Este capítulo apresenta, além dos mudras, os três bandhas essenciais.
Os mudras são o aspecto interno dos asanas e estão relacionados de certa forma com o pranayama. O controle interno leva à libertação do complexo corpo-mente. Os mudras outorgam oito siddhis (poderes):
· animan (poder de fazer-se menor),
· mahiman (de fazer-se gigante),
· gariman (de obter peso),
· laghiman (de fazer-se leve),
· prâpti (de chegar aos objetos mais longínquos),
· prakamya (de obter tudo o que é desejado),
· îśita (de transformar o que se deseja) e
· vaśitva (de controlar tudo).
Esses siddhis indicam certo nível de controle somente em relação ao mundano e podem ser impedimentos no caminho espiritual. Se essas técnicas forem realizadas adequadamente, serão o ponto de encontro de todas as práticas yóguicas. Em outras traduções do Gheranda Samhita, como Science of Yoga, de Parvrajka, o simples conhecimento dos mudras já outorga todos os siddhis: “Mantenha-os sempre em segredo e nunca dê este conhecimento a ninguém”.

O quarto capítulo é destinado ao pratyâhâra
Estar no asana com a respiração rítmica e harmoniosa não significa que todo o movimento mental tenha cessado. Pelo contrário, afirma-se nos textos que as distrações aumentam em qualidade, tornando-se mais insistentes, e em quantidade, expandindo o interesse a um maior número de objetos.
Os sentidos adquirem maior eficácia quando a mente se liberta dos desejos relacionados às demandas corporais. Por isso, pratyâhâra está relacionado com os órgãos dos sentidos. É comparada à tartaruga, que pode voluntariamente levar seus membros para dentro do casco. É a mente que deve empenhar-se para alcançar pratyâhâra.
Se o yogui consegue controlar os órgãos dos sentidos, a possibilidade de distração externa desaparece.
O sábio Gheranda diz: “Agora exporei o excelente pratyâhâra, cujo conhecimento destrói inimigos, como o desejo”.
Esta é a lição mais curta do texto e talvez a mais difícil de aprender: o domínio dos sentidos.

No quinto capítulo, Gheranda diz: “Agora vou expor as regras do pranayama. Por sua prática, o homem pode se parecer com um deus”. Em seguida, diz que a prática deverá ser feita em um país próspero, onde se obtenham facilmente esmolas, com um governante justo, onde não haja moléstias. Deve-se construir uma cabana num lugar seguro e isolado.
Afirma que os pré-requisitos para a prática do pranayama são: 1) lugar adequado, 2) momento adequado, 3) alimentação adequada e 4) purificação dos nâdis.
Descreve oito pranayamas que chama de kumbhakas.

O sexto e o sétimo capítulos se referem respectivamente à dhyana e samadhi. Neste caminho, exploram-se todas as fases da consciência. Consegue-se a qualidade do desapego e em seguida a liberação. Samadhi é tanto um processo como seu resultado. Como processo, é uma intensa concentração mental livre de todo samkalpa (propósito) e livre de apego ao mundo. Como resultado, é a união de jîva (ser individual) com paramâtman (ser universal).
O yogui, em samadhi, entra completamente em si mesmo, “vai estabelecer sua residência no lótus de seu próprio coração”, como dizem os Upanisads.
O místico é um homem que vive neste mundo e viaja através dos três mundos, enquanto o yogui não se desloca e sim se imobiliza por extinção de tudo o que produz movimento: instinto, atividade corporal e mental.
Em samadhi, o yogui está totalmente recolhido em si próprio, até não ser mais que um germe diminuto no mais íntimo de si mesmo. O samadhi no Hatha Yoga acontece quando Kundalini, havendo reconhecido sua verdadeira natureza divina, une-se a Shiva.
Há a extinção da personalidade; o yogui transcende os três mundos e mora em brahmaloka. Pode ou não morrer nesse instante, transformando-se em um jîvanmukta (liberado em vida).
Assim são apresentadas por Gheranda as setes ações espirituais no caminho da libertação.

Em seu aspecto mais antigo, o Yoga foi concebido como uma técnica para aumentar os poderes vitais. Esse aspecto foi desenvolvido e aperfeiçoado posteriormente pelo Hatha Yoga com a introdução de práticas para controlar os efeitos e impactos da natureza.
O significado da palavra Hatha modifica-se com o tempo. No Mahabharata, é utilizada no sentido de ausência de esforço. No Amarakośa e no Yoga Vaśistha, significa força. Na literatura dos natha yogins, “ha” refere-se a Surya (sol) e “tha” a Candra (lua) e sua união denomina-se Hatha Yoga. Surya e Candra são também sinônimos dos nâdîs pingalâ e îda, respectivamente. São ainda representações simbólicas de prana e apana e sua união no pranayama é um ponto característico do Hatha Yoga. No texto Yoga Bija, 89-90: “A união de prana e apana, ou a do princípio feminino com o princípio masculino, ou a do sol com a lua, de jivâtman e paramâtman, em síntese, a fusão de todos os pares de opostos, denomina-se Yoga”. Este conceito de Yoga se adequa aos ensinamentos dos textos do Hatha Yoga que apresentam o Çakti Yoga ou Prana Samyama Yoga.

Alicia Souto: professora de Yoga formada pela escola de Kaivalyadhama (Índia) e ex-presidenta da Associação Sul-americana de Eutonia. Professora do Departamento de Estudos Orientais da Universidade de Salvador (Argentina). Fundadora do Centro de Eutonia e YogaTerapia em Buenos Aires. Professora de textos clássicos do HathaYoga na FMU (São Paulo).





Gheranda Samhita II

32 Asanas fundamentais do Gheranda Samhita

Modelo: Prof. Monica Vidigall

1- Siddhasana (postura perfeita)

O praticante que tenha dominado as suas paixões deve sentar: colocar o calcanhar esquerdo em contato com a região do períneo e o calcanhar direito em contato com os genitais. Realizar jalandhara bandha. Permanecer imóvel e com a coluna alinhada. Fixar os olhos no ponto entre as sobrancelhas. Esta postura é utilizada para a prática de pranayamas e meditação e conduz a libertação.

Sidhasana - vista de frente
Sidhasana - pernas e pés
Sidhasana - vista lateral



2- Padmasana (postura de lótus)

Sentado: Colocar o pé direito sobre a coxa esquerda e o pé esquerdo sobre a coxa direita - pés próximos das virilhas. Manter a coluna alinhada, olhos fechados e direcionados para o ponto entre as sobrancelhas ou ponta do nariz.
Podemos realizar uma variação: cruzar os braços atrás das costas e segurar os Hálux (dedos maiores dos pés) com indicador e médio das mãos. Manter a coluna alinhada. Realizar jalandhar bandha e fixar os olhos na ponta do nariz.
Esta postura cura todas as enfermidades.

Padmasana - vista de frente
Padamasana - pernas e pés
Padmasana - vista lateral


3- Bhadrasana (postura do bem estar)

Sentado: Aproximar sola dos pés e encostar os calcanhares dos órgãos genitais. Entrelaçar os dedos das mãos nos dedos dos pés. Manter a coluna alinhada. Realizar jalandhara bandha e fixar os olhos na ponta do nariz.
Esta postura tonifica os nervos, músculos e sistema circulatório do períneo e dos órgãos genitais do homem e da mulher. Ajuda a dissolver a rigidez das articulações coxo-femural, joelho e tornozelo.
Esta postura cura todas as enfermidades.

Bhadrasana - vista de frente
Bhadrasana - pernas e pés
Bhadrasana - vista lateral

4- Muktasana (postura de liberação)

Apoiar a cabeça sobre o solo e estirar os braços à frente, tocando o solo com o dorso das mãos. Manter o corpo reto e alinhado. Esta posição é denominada Muktasana ou a posição livre e conduz ao siddhi ou poder psíquico.

Muktasana - vista lateral

5- Vajrasana (postura do raio)

Sentado sobre os calcanhares. Juntar as coxas, apertadas como um diamante, mas os pés afastados.
Esta postura proporciona siddhi. É considerada uma postura mágica porque tem o poder de afastar as más vibrações, tanto do praticante quanto do ambiente. Esta postura beneficia a digestão.

Vajrasana - vista de frente
Vajrasana - mãos e pernas
Vajrasana - vista lateral

6- Svastikasana (postura da prosperidade)

Sentado: Pé direito ao lado do quadril e joelho esquerdo flexionado na horizontal com a sola do pé esquerdo escostando na coxa dtireita. Repousar as mãos sobre os joelhos. manter. Manter a coluna alinhada.

Svastikasana - vista de frente
Svastikasana - pernas e pés
Svastikasana - vista lateral


7- Simhasana (postura do leão)

Sentado nos calcanhares que estão voltados para cima por debaixo dos órgãos genitais e com os dedos dos pés no chão. Calcanhares unidos e joelhos afastados (variação com os calcanhares cruzados). As mãos ficam apoiadas nos joelhos. Realizar Jalandhara Bandha. Inspirar profundamente e expirar pela boca, colocando a língua para fora. Procure manter os olhos bem abertos ou direcione sua atenção para o Ajna Chakra (ponto entre as sobrancelhas).
Estique energicamente as mãos e os dedos, enrijecendo os músculos que puder. Seu rosto ficará vermelho e seu corpo, quente. A base da língua se enche de sangue e, consequentemente, de vida. Excelente para revigorar os músculos e órgãos do tórax, bem como do rosto e coluna vertebral. É um bom exercício pelo qual os músculos do pescoço são alimentados de sangue. A garganta e a laringe são beneficiadas com essa massagem especial. A tireóide é estimulada, a secreção salivar se torna completa. Promove uma profunda limpeza na garganta e pode curar amidalites nascentes. Tem um efeito benéfico sobre a voz.

Simhasana - vista de frente
Simhasana - vista lateral
Simhasana - pernas e pés
Simhasana - variação com os pés

8- Gomukhasana (postura da cabeça de vaca)

Sentar no calcanhar esquerdo de forma que seu ânus fique apoiado no calcanhar. Passar a perna direita por cima da coxa esquerda apoiando o pé direito no solo ao lado da coxa esquerda. Nesta posição o joelho direito deve estar exatamente sobre o esquerdo. Sentado nessa posição, eleve o braço direito e leve a mão direita para o meio das costas. A mão esquerda vem por baixo e se encontra com a mão direita no meio das costas. Conserve o corpo firme e o abdômen retraído.
Essa postura melhora a circulação das axilas, tonifica os tecidos dos pés, joelhos e cintura. Favorece a circulação e fortalece os músculos, tendões e ligamentos dos joelhos e das pernas. Melhora a tividade circulatória dos pulmões.
Ajuda a aliviar as dores nas costas, e pode afastar a sensação de fraqueza, fadiga e falta de apetite. Reduz a azia. Exerce ainda uma ação particular sobre o períneo, a próstata e os genitais do homem e da mulher. Sua prática regular combate o mais frequente distúrbio sexual masculino - a ejaculação precoce.

Gomukhasana - vista frontal
Gomukhasana - vista lateral
Gomukhasana - vista posterior

9-Virasana (postura do herói)

Sentado. Leve o pé direito para o lado esquerdo do quadril e a perna esquerda passa por cima da perna direita levando o pé esquerdo ao lado direito do quadril. Os joelhos ficam alinhados a partir do solo. Entrelace os dedos das mãos e faça como se segurasse o joelho que está por cima - no caso, o joelho esquerdo. Manter a coluna reta e alinhada e os braços e ombros relaxados.

Virasana - vista frontal
Virasana - vista lateral
Virasana - pernas e pés

10- Dhanurasana (postura do arco)

Deitar em decúbito ventral (barriga para baixo). Segurar o dorso dos pés com as respectivas mãos. Afastar o máximo os calcanhares do quadril, ao mesmo tempo em que retira o peito do solo - fazendo um arco.
Esta postura produz a distensão total das glândulas, plexos e órgãos anteriores, enquanto comprime veementemente os posteriores. Sua atuação no abdômen, no sistema renal e órgãos sexuais é enorme.
A postura completa exige o afastamento dos joelhos - o máximo possível. A retro-flexão do tronco deve ser feita de forma lenta. A posição correta é conseguida conservando-se os braços estendidos.
Podemos experimentar uma variação na qual balançamos o corpo pra frente e pra trás - como uma cadeira de balanço. A coluna é intensamente ativada fortalecendo os músculos profundos e superficiais ao longo da mesma.
Angústias, insônias, inquietação, inseguranças e neuroses são combatidas com o arco completo.
Todas as enfermidades do aparelho digestivo, urinário, genital, respiratório e circulatório são eficazmente combatidos com esse poderoso asana. Ativa o funcionamento do fígado, rins, bexiga, órgãos genitais e outras vísceras abdômen e pélvicas. É profilático em relação à formação de cálculos renais e vesícula biliar. Tem efeito sobre as hemorróidas, a falta de apetite (anorexia), a flautulência e a halitose (mau hálito).
Este asana não deve ser praticado pelos pacientes portadores de hérnia de disco intervertebral.

Dhanurasana - vista lateral

11- Mritasana / Shavasana (postura do cadáver)

Deitar em decúbito dorsal (barriga para cima), com os braços relaxados ao longo do corpo. Nenhuma parte do corpo deve fazer o menor movimento - nenhuma tensão é necessária. Deixe completamente de lado todos os seus problemas e fique atento ao momento presente - a sua respiração. Esta postura deve ser adotada sempre que você estiver tenso ou ansioso, seja tensão física ou mental.

Mritasana / Shavasana
Mritasana / Shavasana

12- Guptasana / Karnapindasana (postura oculta)

Deitar em decúbito dorsal. Levar os pés atrás da cabeça e, em seguida aproximar os joelhos das orelhas. manter os braços estendidos na direção contrária.

Guptasana / Karnapindasana - vista lateral
Guptasana / Karnapindasana - vista posterior

13- Matsyasana (postura do peixe)

Deitar em decúbito dorsal (barriga para cima), estender as pernas e manter os pés unidos e em ponta. Afastar o alto das costas do solo e apoiar o alto da cabeça no solo. Os braços devem permanecer ao longo do corpo no solo (apoiar os cotovelos no solo). Podemos realizar uma variação: A partir da posição sentado com as pernas cruzadas (postura padmasana), inclinar o tronco lentamente pra trás até encostar o alto da cabeça no solo. As mãos podem ficar sobre a região pélvica ou os braços estendidos para trás.
Esta postura alivia a prisão de ventre e tonifica todas as áreas da medula, incluindo os centro sexuais. Beneficia as mulheres ao normalizar as funções uterinas. Tonifica os pulmões e os músculos do peito. Favorece a circulação da garganta. A prática regular conserva uma coluna forte e ereta, mesmo na velhice. Útil na diabetes, regulando o metabolismo geral.

Matsyasana - vista lateral
Matsyasana - vista lateral
Matsyasana - posicionamento da cabeça
Matsyasana - variação com pernas cruzadas
Matsyasana - (variação) pernas e pés

14- Matsyendrasana (postura de matsyendra)

Matsyendra era o nome de um grande Yogi Hindu cuja postura favorita recebeu seu nome.
Sentado. Levar o pé direito para o lado esquerdo do quadrl. Passar o pé esquerdo para o outro lado do joelho direito. Mão esquerda vai para trás (fica na região lombar ou apoiada no solo) e o braço direito passa estendido pela frente da perna direita, podendo apoiar a mão direita no solo ou segurar o pé direito.. Essa postura atua de maneira notável nos discos intervertebrais, estando assim indicado para combater "bicos-de-papagaios" e outros males da coluna. Para portadores de enfermidades sérias na coluna esse asanas só deve ser praticado com aconselhamento médico. Jamais force demasiadamente a coluna durante a torção. Aguarde pacientemente que ela vai adquirindo, com o tempo, flexibilidade.
Uma variação mais simples dessa postura pode ser realizada sentando-se com as pernas cruzadas - postura simples. A partir dessa postura levar a mão direita para trás, na linha do cóccix e passar a mão esquerda pelo joelho direito - braço esquerdo esticado. Torcer o tronco pela direita.

Matsyendrasana - vista de frente
Matsyendrasana - vista lateral
Variação simples
Matsyendrasana - vista de frente
Matsyendrasana (variação) - vista lateral
Matsyendrasana (variação) - detalhe das pernas e pés

15- Paschmottanasana (postura da pinça / extensão do dorso)

Sentado com as pernas estendidas a frente e os pés unidos. Paschmottanasana quer dizer distensão posterior. Deslize as mãos, apóie os cotovelos no solo e faça uma pinça nas laterais dos pés. Uma variação muito utilizada é envolver os hálux com os indicadores e médios de cada mão, flexionando so cotovelos lateralmente. Podemos, também, passar as mãos por cima dos dedos dos pés.
Auxilia o praticante que sofre de prisão de ventre a regularizar o funcionamento dos intestinos. Beneficia todas as glândulas endócrinas e também ajuda a cessar a ansiedade e as perturbações do fígado.

Paschmottanasana (vista lateral)
Pashmottanasana (posição inicial)
Pashmottanasana (posição intermediária)
Paschmottanasana (pegada pinçando os pés lateralmente)
Paschmottanasana (pegada envolvendo os hálux)
Paschmottanasana (mãos apoiadas no solo ao lado das pernas)


16- Gorakshasana (postura de goraksha)

Sentado na postura de Lótus (padmasana). Levante-se ficando somente com os joelhos apoiados no solo. Leve as mãos ao peito em postura de prece (Pronam Mudra). Esta é a postura "mais que completa" Maha. Podemos utilizar uma variação que chamamos Ardha Gorakshasana: é semelhante a anterior, sendo alterada somente a postura das pernas, colocando somente um dos pés sobre a coxa oposta, a outra perna fica apoiada no solo com o joelho flexionado.
Esta postura tonifica os nervos, músculos e o sistema circulatório do períneo e órgãos genitais do homem e da mulher. Fortalece os ossos, músculos, nervos e artérias dos tornozelos e pés. Melhora a circulação do sistema neuromuscular do reto e períneo.. Capacita o praticante desse asana para a abstinência sexual. Ao mesmo tempo, melhora muito o funcionamento dos órgãos sexuais, no caso daqueles que não estão interessados no celibato. É um dos melhores asanas para desenvolver a capacidade de dirigir a própria libido, sublimando-a ou utilizando-a no ato sexual.

17- Utkatasana (postura elevada / cadeira)

De pé com os joelhos e pés unidos e bem apoiados no solo. Elevar e estender os braços na linha da orelha (ou por trás das mesmas), unindo as palmas das mãos. Flexione os joelhos lentamente como se fosse sentar numa cadeira (60 graus). Procure manter a coluna alinhada e os braços estendidos.
Esta postura beneficia quem tem problema de coluna, melhora o tônus muscular das pernas e dos pés.

Utkatasana (vista lateral)
Utkatasana (detalhe do alinhamento dos braços / orelhas)


18- Sankatasana (postura perigosa / do perigo)

De pé, aproximar os calcanhares ficando na ponta dos pés. Flexionar os joelhos lateralmente e descer até aproximar o períneo dos calcanhares. Apoiar as mãos sobre os joelhos. Postura de equilíbrio.
Podemos realizar algumas variações dos braços e mãos.
Esta postura tonifica os músculos das pernas e coxas e estimula a ascensão da energia Kundalini, ativando o Chakra Básico.

Sankatasana
Sankatasana (variação dos braços e mãos)
Sankatasana (variação dos braços e mãos)
Sankatasana (variação dos braços e mãos)


19- Mayurasana (postura do pavão)

De joelhos. Apóie as mãos unidas no solo com os dedos direcionados para as pernas. Estender as pernas pra trás e leevantá-las. Apoiar o abdômen nos cotovelos. Concentre-se no Ajna Chakra (ponto entre as sobrancelhas). Podemos utilizar uma variação mantendo os dedos dos pés no solo. Outra variação consiste em elevar apenas uma perna de cada vez.
Esta postura beneficia o pâncreas, estimula os intestinos preguiçosos, previne e cura a diabetes. Não deve ser praticada por pessoas hipertensas ou com problemas cardíacos.

20- kukutasana (postura do galo)

Sentado com as pernas cruzadas em Padmasana. Coloque os braços entre as coxas e os joelhos e, com as mãos no solo, suspenda o corpo.
Fortalece a musculatura que envolve a cintura escapular e o cotovelo. Enrijece o abdômen.

21- Kurmasana (postura da tartaruga)

Sentado sobre os calcanhares. Flexionar o tronco a frente apoiando as mãos no solo (uma sobre a outra) e a cabeça sobre as mãos. Podemos utilizar uma variação com os joelhos afastados e os braços estendidos a frente apoiando a testa ou uma orelha no solo. Uma outra variação - mais aavançada - sente-se com as pernas afastadas e estendidas para frente e passe os braços por baixo das coxas, com as mãos voltadas para trás.

22- Uttana Kurmasana (postura da tartaruga em extensão)

Uttana (suspenso) com as mãos apoiadas no solo. Suspender as pernas afastadas no ar, próxima das axilas.
Atualmente esta postura é comumentemente chamada de posição do feto ou Garbhasana.

23- Mandukasana (postura da rã / sapo)

Sentado entre os calcanhares tocando os dedos dos pés uns nos outros e mantendo os joelhos afastados a frente do corpo.
Elevar e cruzar os braços atrás da cabeça, por sobre os ombros, nas costas, as palmas tocam no alto das costas e os cotovelos ficam apontados para cima.

24- Uttana Mandukasana (postura da rã / do sapo em extensão)

Sentado sobre os calcanhares com os joelhos afastados e os braços estendidos com as mãos apoiadas no solo atrás dos pés. Deixe sua cabeça relaxada pra trás. Arqueie o corpo afastando o quadril dos calcanhares.

25- Vrikshasana (postura da árvore)